A mão que alcança: leitura, sound effects free download
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A mão que alcança: leitura, memória e identificação No filme Fazendo História (The History Boys), o personagem Hector apresenta-se como um sujeito dividido entre o desejo de transmissão e os limites do superego institucional. Em uma das cenas mais sensíveis, sua fala evidencia a essência do processo transferencial que atravessa toda a experiência de leitura e de ensino: o encontro com o outro que, mesmo desconhecido, fala diretamente ao que há de mais íntimo em nós. Do ponto de vista psicanalítico, essa experiência aponta para a noção de identificação proposta por Freud (1921), que define a identificação como “a mais originária forma de laço afetivo com outra pessoa” (FREUD, 1921). Hector, propondo a leitura como gesto de comunhão, mobiliza a identificação com um outro ausente – o autor – , cuja palavra é capaz de tocar zonas profundas do inconsciente. Tal como no processo analítico, em que o analisando reconhece, nos significantes do analista, sentidos encobertos de sua própria história, o aluno se vê refletido nas palavras do texto literário. A função educativa de Hector excede a dimensão pedagógica tradicional. Sua sala de aula opera como um espaço potencial (WINNICOTT, 1975), uma zona transicional onde o saber não se impõe como verdade, mas se oferece como jogo e como abertura ao desejo. Hector, nesse sentido, encarna o professor como metáfora do analista, aquele que permite o encontro entre o sujeito e sua própria falta, aquele que sustenta o não-saber e aposta no deslocamento subjetivo. Sua forma de amar os alunos, entretanto, marcada por gestos ambíguos, coloca em cena o conflito entre Eros e supereu. Se por um lado sua transmissão é marcada pelo afeto e pela paixão pela palavra, por outro, evidencia os impasses da pulsão, os excessos do desejo, os limites do Eu diante das imposições sociais. Hector, como personagem, representa o que Freud chama de uma formação comprometida (FREUD, 1937), onde o saber, o desejo e o recalque coexistem de forma tensa. Esta cena em que Hector fala da leitura como mão que se estende mostra não somente sua visão de ensino, mas também o modo como o sujeito se constitui na cultura: por meio do laço simbólico com o outro, mesmo distante, mesmo morto. A leitura, como a psicanálise, é sempre um gesto de escuta e de reconhecimento. É por meio dela que o sujeito, por vezes, encontra muito além de respostas, companhia. #ReflexõesPsicanalíticas #Psicanálise #Freud #Winnicott #Freud #LeituraEInconsciente #HistóriaPessoal #PsiqueInsightA Mão Que Alcança: Leitura, Sound Effects Free Download. Sound Effects Downloader To Help You Download The Highest Quality A Mão Que Alcança: Leitura, Sound Effects Free Download For TikTok Videos. You Just Search Sound Effects And Download.